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quinta-feira, 21 de maio de 2020

A Prefeitura do Rio não tem, hoje, dinheiro para pagar os salários de maio

Ao começar o ano com um rombo de R$ 4 bilhões, seguido de uma pandemia para levar os já doentes cofres municipais à UTI, a Prefeitura do Rio não tem hoje nas contas o suficiente para a folha de pagamentos de maio, avaliada em R$ 1,1 bilhão.
Os salários dos servidores dependem da arrecadação (do mês que vem!), e do pinga-pinga obtido com os ajustes em contratos em andamento e a aprovação de projetos de lei enviados à Câmara de Vereadores.
E, principalmente, do socorro financeiro aos estados e municípios aprovado pelo Congresso, mas ainda não sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Das soluções internas, já é consenso que a principal aposta do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e do ex-secretário de Fazenda, Cesar Barbiero, a securitização da dívida, fracassou — sequer saiu do papel.
Barbiero pediu o boné e nem a servidora de carreira Rosemary Macedo, considerada uma das gestoras mais experientes e capacitadas do funcionalismo municipal, foi capaz de resolver o imbloglio financeiro.
Pressionado, o subsecretário de Orçamento, Carlos Eduardo Lima Rego, pediu exoneração do cargo. A servidora que estava respondendo internamente pela subsecretaria, também não quis ficar. Nenhum outro funcionário quer assumir a função.
Tradicionalmente, o pagamento da cota única do IPTU, em fevereiro, gera uma poupança capaz de garantir a folha de pagamento por alguns meses.
Mas, o descalabro financeiro fez com que a prefeitura já gastasse suas economias pagando parte das dívidas de 2019 e ficando sem reservas muito antes do prazo regulamentar. E isso nada teve a ver com a Covid-19.
O prefeito Marcelo Crivella, hoje, está vendendo o almoço para pagar o jantar.
Vai esperar a entrada do pagamento da principal fonte de arrecadação do município, o ISS, no dia 3 de junho, para completar o suficiente e pagar os salários de... maio!
Por isso, os vencimentos, que já foram quitados no dia 1º, agora só saem no quinto dia útil de cada mês.
O problema é que, com pouquíssima atividade econômica, o prato do almoço está a cada dia mais vazio.
E, se não tem o dinheiro garantido para a folha, imagine para os fornecedores, os terceirizados...
A conta ainda complica mais quando entra a obrigatoriedade do pagamento dos duodécimos da Câmara de Veredores e do Tribunal de Contas.
Mas, aí, o moço não vai querer comprar a briga.
Por:Rio Cumprido Alerta

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