De 28 de dezembro de 2020 a 28 de janeiro de 2022, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), gastou R$ 63 mil em impulsionamento das suas redes sociais, Instagram e Facebook.
Pré-candidato ao governo da Bahia, Neto saiu na frente em relação aos seus concorrentes diretos. Nesse mesmo período, Jaques Wagner (PT) investiu R$ 1.766 em posts patrocinados. Já João Roma (Republicanos) desembolsou R$ 4.345 em patrocínio nas duas redes sociais. Os dados são Biblioteca de Anúncios do Facebook. Os patrocinadores direitos das postagens tanto para Neto quanto para Wagner foram seus partidos, DEM e PT, respectivamente. No caso do Republicanos, o próprio João Roma pagou pelos seus posts.
Somando os gastos de Wagner e Roma - ambos com cargos públicos (senador e ministro, respectivamente) - o valor total é de R$ 6.111 em um mês. O gasto de ACM Neto é 10 vezes maior.
O afastamento de ACM Neto durante o período em que a Bahia sofreu com as tragédias causadas pela chuva, no entanto, refletiu no número de seguidores de suas redes sociais. De acordo com Gera Horonato, especialista em Marketing Político, nenhum dos pré-candidatos perdeu seguidores, no entanto, quem mais cresceu foi João Roma.
"Quando comparamos dezembro de 2021 com o período analisado nesse relatório, que vai de 28 de dezembro de 2021 a 28 de janeiro de 2022, ACM Neto teve queda de 76% no ritmo de ganho de novos seguidores".
O levantamento aponta que João Roma lidera nesse sentido e conseguiu 6.969 novos internautas em seu Instagram.
No mesmo período Wagner fez 56 publicações, ACM Neto 23 e João Roma também 23. Mesmo empatados, segundo o especialista, Roma é o que mais engaja. "ACM Neto vem de 30 dias, na média, ruins em seu instagram". Além disso, dos três, Wagner é que menos apresenta engajamento, cerca de 0.85.
"O resultado do baixo engajamento de Jaques Wagner mesmo tendo feito o dobro de posts pode ser reflexo de um conteúdo ainda não direcionado para onde está a atenção de sua audiência”, pontua o especialista em marketing.
Foto: Metro 1
Foto: Valter Pontes / Prefeitura / Marcelo Camargo / Agência Brasil / Agência Brasil
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