O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias e ocorre horas depois que bolsonaristas radicalizados invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
O ministro também determinou a desocupação de todos os acampamentos montados nas imediações de quartéis do Exército pelo país. Ele ordena a "prisão em flagrante de seus participantes pela prática de crimes" e afirma que as operações deverão ser realizadas pelas polícias militares, "com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se necessário".
O afastamento foi determinado a pedido do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A solicitação do parlamentar afirmou que o emedebista tem notória inaptidão para o cargo. Outras ordens foram expedidas em ação apresentada pela AGU (Advocacia-Geral da União).
Ele também mandou apreender "todos os ônibus identificados pela Polícia Federal que trouxeram os terroristas para o Distrito Federal" e listou a placa de 87 veículos. Além disso, proibiu, "até o dia 31 de janeiro, o ingresso de quaisquer ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal" e determinou a oitiva de todos os passageiros.
Também mandou a Agência Nacional de Transportes Terrestres manter e enviar o registro de todos os veículos que ingressaram no Distrito Federal entre os dias 5 e 8 de janeiro de 2023.
O ministro determinou que a Polícia Federal obtenha todas as imagens de câmeras da capital que possam auxiliar no reconhecimento facial dos vândalos. Ele também manda bloquear 17 perfis nas redes sociais.
Eles foram detidos pelos crimes de dano ao patrimônio e de invasão de prédios públicos, entre outros. Os presos foram levados inicialmente para a delegacia da Polícia do Senado, que fica no Congresso.
"Eu repito o que eu disse: esses acampamentos são incubadores de terroristas. Os fatos comprovaram que a frase era correta", afirmou Dino.
O presidente Lula afirmou que todos os manifestantes golpistas que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes serão encontrados e punidos. Lula também anunciou a intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal até o fim de janeiro.
O presidente afirmou que os manifestantes poderiam ser chamados de nazistas e fascistas e disse que a esquerda nunca protagonizou um episódio similar a este no Brasil.
Lula havia viajado para Araraquara (SP) neste domingo para analisar os danos causados pelas intensas chuvas no município nas últimas semanas, mas retornou a Brasília na noite deste domingo.
Na capital federal, vistoriou os estragos causados por militantes bolsonaristas. Ele visitou o Palácio do Planalto e conferiu de perto os danos causados nas janelas, os móveis arremessados pelo prédio e as fotos arrancadas da galeria dos ex-presidentes. Pelo chão, também era possível ver diversos projéteis de borracha disparados pelos agentes de segurança.
O presidente foi recebido de maneira improvisada, na parte de fora do prédio vandalizado, pela presidente da corte, ministra Rosa Weber.
Após inspecionar o Planalto, Lula saiu em um grande comboio de carros rumo ao STF (Supremo Tribunal Federal), que foi a terceira sede de Poder invadida pelos manifestantes golpistas.
Por: BNews 📸 Reprodução Redes Sociais
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