Narrador de esportes da TV Globo entre 2010 e 2018, o jornalista Jorge Vinícius afirmou que a emissora "perdeu a mão no trabalho de inclusão" e hoje só "contrata preto, mulher e homossexual". A declaração foi dada durante uma transmissão do podcast Parlando de Palmeiras na noite da última quinta-feira (27).
"Eu sou favorável à inclusão, eu não sou preconceituoso, ao contrário, eu tenho amigo gay, tenho amigas mulheres, tenho muitos amigos... hoje o termo é preto", completou o narrador, que seguiu debatendo o assunto, com ênfase dos apresentadores: "Se eu usar aqui 'negro', de repente eu tomo um processo. Se eu usar 'de cor', 'moreno', 'escuro', eu sou processado".
Ao falar sobre as mudanças no campo do Jornalismo, "para ruim", em suas palavras, o jornalista disse que há muitas pessoas no comando de emissoras que não entendem de comunicação. "É o que está acontecendo com a Globo", opinou, ao afirmar que o "padrão Globo de qualidade" criado por Roberto Marinho com Boni e Armando Nogueira, foi completamente destruído
Etarismo
Durante a entrevista, o comunicador relatou ainda que há uma prática de "etarismo" na Rede Globo, gerada a partir, justamente, da política de inclusão que, de acordo com ele, gera outros preconceitos. Ele se refere aos recentes cortes na grade de profissionais realizados pela emissora.
"A Globo hoje pratica o etarismo. Isso é feio. Tá dando abertura para preto, mulher e homossexual, mas não esqueça desses que se doaram", completou Jorge Vinícius, hoje contratado do Grupo Thathi de Comunicação no interior de São Paulo.
Fonte: Metro 1
📷Reprodução/Parlando de Palmeiras
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